Notas Metodológicas


atualizado em 1 de março de 2024

O Mapa de Calor de atividades busca avaliar o estágio do ciclo em que se encontram as atividades industriais, comerciais e de serviços. O escopo metodológico permite a visualização dos dados de forma agregada e multisetorial, identificando ciclos de expansão e desaceleração, permitindo a comparação do estágio atual com o comportamento de médio prazo. A metodologia consiste na normalização das séries a partir da variação acumulada em 12 meses do número-índice da atividade de referência (z-score), estratificada por subsetores ou categorias de uso. O nível de atividade foi classificado de acordo com o z-score para cada mês de referência, conforme os intervalos: “muito fraco”, “fraco”, “neutro”, “forte” ou “muito forte”.

Inspirado no Composite Leading Indicator da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Indicador Antecedente da Indústria de Transformação (IAT) tem o objetivo de antecipar os ciclos de expansão e desaceleração da produção da indústria de transformação brasileira. Historicamente, o índice antecipou a trajetória futura da produção da indústria de transformação com ao menos 6 meses de antecedência, em média. O indicador é construído a partir de cinco componentes pré-selecionados e que ajudam antever os ciclos da atividade industrial: (i) Demanda futura: indicador de expectativa de demanda para os próximos 6 meses da Sondagem Industrial da CNI; (ii) Risco país: EMBI (Emerging Market Bond Index); (iii) Índice Ibovespa; (iv) Juros reais: ex ante – Swap Pré x DI 360 dias descontado pela expectativa do IPCA para os próximos 12 meses; e (v) Exportações: índice de quantum de exportações da Funcex. O indicador está disponível para a indústria de transformação e para as quatro categorias de uso: Bens de Capital, Bens Intermediários, Bens de Consumo Duráveis e Bens de Consumo Semi e Não Duráveis. A construção metodológica consiste na extração do ciclo de cada componente, tratados em logarítmico natural e normalizados.

O ICF FIESP tem como inspiração o Indicador de Condições Financeiras do Banco Central, divulgado originalmente como boxe do Relatório de Inflação (março/2020). O ICF FIESP é construído a partir do levantamento de 26 variáveis financeiras domésticas e externas, que são divididas em sete grupos de análise (Juros Brasil, Juros Exterior, Risco, Moedas, Petróleo, Commodities e Mercado de Capitais). O método utilizado corresponde à Análise de Componentes Principal (PCA). A partir da extração do primeiro componente principal de cada grupo, obtém-se o fator comum que explica o comportamento conjunto das variáveis. A construção do ICF FIESP também conta com a regressão dos componentes principais de cada grupo contra a variação em 6 meses do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que é considerado uma proxy mensal do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado apenas trimestralmente. Este passo é realizado para a obtenção do peso de cada grupo no ICF FIESP. Em seguida, o ICF FIESP é calculado a partir da média ponderada dos componentes principais, utilizando os pesos estimados na etapa anterior. Por fim, a etapa final corresponde à realização do Teste de Granger parar testar a capacidade do índice de antecipar o nível de atividade. A conclusão obtida é a de que os movimentos do ICF FIESP antecedem entre 3 e 6 meses os ciclos da atividade econômica doméstica.

Para notas metodológicas e outros indicadores da pesquisa, consultar o site:

Pesquisa Levantamento de Conjuntura da Fiesp

Para notas metodológicas da pesquisa, consultar o site:

Sensor da Fiesp